História

A Congregação do Santíssimo Redentor foi fundada em 9 de novembro de 1732, em Scala, na Itália, por Santo Afonso Maria de Ligório e outros cinco companheiros. O carisma deste grupo é a pregação das missões populares para as comunidades mais pobres e abandonadas do Reino de Nápoles.

Após a aprovação do papa, a área de atuação dos Missionários Redentoristas foi crescendo. Em 1784, em Roma, dois estrangeiros entraram para a Congregação: Clemente Hofbauer e Tadeu Hübl. Eles foram os responsáveis por levar o trabalho da congregação para o norte da Europa. A partir de então, a expansão se torna difícil de descrever neste espaço tão curto. Hoje, são mais de 6 mil redentoristas, anunciando o Redentor na Europa, nas Américas, na África, na Ásia e na Oceania.

Os Redentoristas chegaram ao Brasil em 1893, para a região de Minas Gerais. Em 1894, Dom Eduardo Duarte da Silva, bispo de Goyaz viajou a Europa em busca de padres para atender a romaria do Divino Pai Eterno do Barro Preto, realizar as santas missões na região sul da diocese, e cuidar da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Campininhas de Goiás.

Visitou diversos superiores de congregações religiosas, mas não obteve resposta positiva. Procurou o superior-geral dos redentoristas, Pe. Matias Raus, que também negou o pedido. Mas naquela noite, o Pe. Matias teve um sonho com o fundador da congregação, Santo Afonso Maria de Ligório. E no dia seguinte, procurou por Dom Eduardo, e recomendou que fosse a Baviera, e lá conversasse com o superior provincial que iria enviar o grupo de missionários para Goiás.

Dom Eduardo foi à Alemanha e acertou os detalhes da viagem ao Brasil. Logo tomou conhecimento que metade daquele grupo deveria ficar em São Paulo, para cuidar do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, atendendo a um pedido do bispo de São Paulo, Dom Joaquim Arcoverde.

Primeira turma de redentoristas alemães, em 1894.O grupo de missionários pioneiros começou sua viagem rumo ao Brasil em 24 de setembro de 1894. Só chegaram ao seu destino, em Campininhas de Goiás (hoje Goiânia) em 12 de dezembro. Em Goiás, foi construído o grande convento na área do atual Setor São José. Lá, até por volta de 1940 o alemão era a língua comum. A partir de 1924, um sacerdote e um irmão passaram a residir em Trindade, cujo convento foi canonicamente instalado em 1948. Os alemães continuaram a ser enviados ao Brasil até o final da década de 1930, mas depois a Província de Munique encontrou dificuldades por conta da Segunda Guerra Mundial. A partir de então, por solicitação do Pe. Geraldo Pires de Souza, foi criada a Província de São Paulo, em 26 de setembro de 1944, da qual passou a depender a missão de Goiás.

Neste período, o número de membros brasileiros na missão já era maior que o de alemães. Já estava criada a estrutura formativa: além do juvenato, no Seminário Santo Afonso em Aparecida; o pré-seminário São Clemente, de Cachoeira do Sul; e em 26 de março de 1944 foi inaugurado o pré-seminário São José, em Goiás. Este seminário funcionou até 1964 no prédio da Vila São José, pois o novo convento já estava funcionando ao lado da igreja Matriz de Campinas.

Na década de 1960, ocorreram duas importantes conquistas: a construção do novo prédio do Seminário São José na Vila Aurora e a consolidação da presença redentorista em Brasília. Há também um outro momento emocionante: a morte do Pe. Pelágio Sauter, em 1961. O missionário alemão que trabalhou em Trindade e Campinas está até hoje na memória do povo goiano, como o “Apóstolo de Goiás”.

A criação de uma província no Brasil Central começou a ser discutida em 1990. Em 1994, o Pe. Juan Lasso de La Vega, então superior-Geral da congregação, marcou a data da instalação canônica
da nova Província de Goiás: 11 de dezembro de 1994. Àquele foi um ano festivo para os redentoristas do Brasil: comemoração dos 100 anos do início da missão.Em 1963 começaram os preparativos para a instalação da Vice-Província de Brasília, que nasceu com quatro comunidades. O primeiro superior vice-provincial foi o Pe. Juvenal Roriz, e os padres Raimundo Moura e João de Souza eram seus conselheiros. Eram 20 padres, dos quais 11 eram goianos.

A Província Redentorista de Goiás, com o mesmo espírito daqueles que deixaram a Alemanha em 1894 para iniciar a missão no Brasil Central, atua com ardor nas frentes missionárias de hoje: os romeiros do Pai Eterno, de Trindade e de todo o Brasil; os devotos da Mãe do Perpétuo Socorro no Santuário de Campinas; a presença junto ao povo de Deus das prelazias de São Félix, Cristalândia, Coari, e nas dioceses de Ipameri, Barra do Garças, Goiânia e Brasília; o anúncio pelas ondas do rádio e da televisão, na internet, nos livros e jornais; a pregação dos retiros e a orientação pessoal.

Deixe um comentário

Your email address will not be published.