Itinerário Espiritual

As famílias carregam consigo as marcas do caminho percorrido pelos seus antepassados. Os filhos e netos podem conhecer o modo como viveram e lutaram seus pais e avós. A história de cada uma delas se torna motivo de interesse e de honra para as novas gerações. Coisa semelhante sucede com congregações religiosas como a dos missionários redentoristas.

A inspiração do nosso fundador, a contribuição dos grandes santos, canonizados ou não, que povoaram nossa história desde a modesta comunidade de Scala, na belíssima costa de Amalfi, na Itália, apontam para um itinerário espiritual de imenso valor que até hoje encontra peregrinos interessados em empreende-lo. O caminho espiritual dos redentoristas não é restrito a padres e religiosos, mas está aberto a todos os cristãos que querem amar a Jesus Cristo e a proclamar – pela palavra e pelo testemunho – a notícia jubilosa de que Sua redenção e abundante, copiosa.

Jovens portugueses, da comunidade de Damaia, encantados com esse caminho produziram uma síntese interessante que você pode ler aqui:

A Espiritualidade é condição para não sermos figueiras estéreis, cristãos de muita folha e pouco fruto; uma caminhada interior de aprofundamento é a atitude pessoal que constrói o “quarto secreto” dentro do nosso ser, onde o encontro transformador com o Pai acontece e possibilita uma nova densidade, a todos os outros encontros nos quais a nossa vida se vai construindo. Sem o rosto do Deus-Amor é impossível a Espiritualidade cristã. O selo da Espiritualidade cristã é a sua dimensão de resposta amorosa ao Amor Primeiro de Deus. A explicação disto está no próprio rosto de Deus revelado em Jesus de Nazaré: Deus é Amor. Então, Deus é, em si mesmo, proposta de Aliança. Se falar no Deus cristão é falar em proposta de Aliança, falar em Espiritualidade cristã é falar em resposta de Aliança, resposta à Aliança. Dizer “Espiritualidade” é dizer “SIM”, é dizer Namoro, é dizer Relação.

O Espírito Santo é a Pessoa Divina que possibilita a reciprocidade (relação) amorosa entre o Pai e o Filho, foi Ele o possibilita- dor da nova relação de Deus com a Humanidade, em Jesus Cristo. Mas, além disso, é Ele também que nos habita e nos apela a uma dinâmica relacional de densidade humano-divina (entre o Homem e Deus), ao jeito de Jesus de Nazaré. Assim, Ele é o Cristo, o Redentor do Homem: pelo Seu Espírito Santo somos resgatados do pecado para entrarmos na comunhão com Deus. Anunciar a Jesus como o Redentor é anunciar o Amor de Deus como iniciativa de reconciliação, esse Amor primeiro, que não tem em conta o nosso pecado. Porque o Amor de Deus é maior que todas as infidelidades do Homem.

Por isso, de modo particular, Afonso e os redentoristas dirigem -se aos mais abandonados, anunciando a Boa-Nova do Amor não desistente de Deus! A vivência da Espiritualidade não é inconsequente no nosso agir e ser no mundo e para o mundo. Porque não se trata de um intimismo alienante, compromete-nos de uma “forma nova” com o real que nos rodeia.

No meio do mundo, todo o cristão tem algumas vocações fundamentais. Destacamos ser sábio. Basta olharmos para Jesus para compreendermos que ser sábio, ao seu jeito, implica inevitavelmente ser profeta, porque saborear a realidade com o paladar de Deus implica provocá-la e transformá-la segundo a vontade de Deus!

Três Chaves da Espiritualidade Alfonsiana

«Jesus estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo e disse: “Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agra- do!”» (Lc 10, 21) A espiritualidade alfonsiana é um convite à transformação …

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